ARTES DE FRONTEIRA hibridismos e experimentações

Uma leitura expandida do material de PERFORMANCE e VIDEOARTE no Arquivo Multimeios do CCSP

Arquivo para acústica

Lygia Arcuri Eluf

Schlemmer descreveu a performance como “metade de abstração metafísica e metade de shooting galery” e usava técnicas de cabaré.(…) Uma mescla de nonsense e sense caracterizada pela “cor, forma, natureza e arte; homem e máquina; acústica e mecânica”.(…)

Schlemmer tornou as performances o foco das atividades da Bauhaus rapidamente recusando-se em aceitar os limites de categoria de arte.

Lygia Arcuri Eluf  pág 11, DT 3604.

1987

Wolf Vostell

A música Fluxos não é uma música feita a partir de sons como era mais ou menos a música concreta dos franceses após 1945: circulavam com um gravador e gravavam os barulhos da rua. O Fluxos também nada tem haver com a música sintética como era produzida por Stockhausen em sua música eletrônica. São procedimentos musicais que nascem ou são produzidos através de uma ação artística, seja viva, seja carregada de imagens. Quer dizer que, durante a maior parte do tempo, o procedimento visual e acústico constitui simultaneamente um acontecimento único, e o efeito visual não deve ser dissociado do Fluxos. Assim, quando ocorre um concerto de Fluxos, o visual é um elemento muito importante, é apenas à partir do procedimento visual que o ruído tornou-se possível. No fundo, é uma música “livre” criada por procedimentos “live”: música de acontecimentos!

Wolf Vostell – Catálogo geral 17ª Bienal de São Paulo. pg 319. DT3599

1983